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[Enem] – Prova: Ciências humanas e suas tecnologias
Questão 1 |
O cristianismo incorporou antigas práticas relativas ao fogo para criar uma festa sincrética. A igreja retomou a distância de seis meses entre os nascimentos de Jesus Cristo e João Batista e instituiu a data de comemoração a este último de tal maneira que as festas do solstício de verão europeu com suas tradicionais fogueiras se tornaram “fogueiras de São João”. A festa do fogo e da luz no entanto não foi imediatamente associada a São João Batista. Na Baixa Idade Média, algumas práticas tradicionais da festa (como banhos, danças e cantos) foram perseguidas por monges e bispos. A partir do Concílio de Trento (1545-1563), a Igreja resolveu adotar celebrações em torno do fogo e associá-las à doutrina cristã.
CHIANCA, L. Devoção e diversão: expressões contemporâneas de
festas e santos católicos. Revista Anthropológicas,
n. 18, 2007 (adaptado).
Com o objetivo de se fortalecer, a instituição mencionada no texto adotou as práticas descritas, que consistem em
A | apropriação de cerimônias seculares.
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B | promoção de atos ecumênicos.
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C | fomento de orientações bíblicas.
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D | retomada de ensinamentos apostólicos.
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E | ressignificação de rituais fundamentalistas.
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Questão 2 |
Dificilmente passa-se uma noite sem que algum sitiante tenha seu celeiro ou sua pilha de cereais destruídos pelo fogo. Vários trabalhadores não diretamente envolvidos nos ataques pareciam apoiá-los, como se vê neste depoimento ao The Times: “deixa queimar, pena que não foi a casa”; “podemos nos aquecer agora”; “nós só queríamos algumas batatas, há um fogo ótimo para cozinhá-las”.
HOBSBAWM, E.; RUDÉ, G. Capitão Swing. Rio de Janeiro:
Francisco Alves, 1982 (adaptado).
A revolta descrita no texto, ocorrida na Inglaterra no século XIX, foi uma reação ao seguinte processo socioespacial:
A | Redução da produção monocultora.
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B | Restrição da propriedade privada.
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C | Expropriação das terras comunais.
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D | Imposição da estatização fundiária.
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E | Proibição das atividades artesanais. |
Questão 3 |
A ocasião fez o ladrão: Francis Drake travava sua guerra de pirataria contra a Espanha papista quando roubou as tropas de mulas que levavam o ouro do Peru para o Panamá. Graças à cumplicidade da rainha Elizabeth I, ele reincide e saqueia as costas do Chile e do Peru antes de regressar pelo Oceano Pacífico, e depois pelo Índico. Ora, em Ternate ele oferece sua proteção a um sultão revoltado com os portugueses; assim nasce o primeiro entreposto inglês ultramarino.
FERRO, M. História das colonizações. Das colonizações
às independências. Séculos XIII a XX.
São Paulo: Cia. das Letras, 1996.
A tática adotada pela Inglaterra do século XVI, conforme citada no texto, foi o meio encontrado para
A | conquistar as riquezas dos territórios americanos.
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B | fortalecer as rotas do comércio marítimo.
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C | restabelecer o crescimento da economia mercantil.
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D | legalizar a ocupação de possessões ibéricas.
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E | ganhar a adesão das potências europeias.
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Questão 4 |
A comunidade de Mumbuca, em Minas Gerais, tem uma organização coletiva de tal forma expressive que coopera para o abastecimento de mantimentos da cidade do Jequitinhonha, o que pode ser atestado pela feira aos sábados. Em Campinho da Independência, no Rio de Janeiro, o artesanato local encanta os frequentadores do litoral sul do estado, além do restaurante quilombola que atende aos turistas.
ALMEIDA, A. W. B. (Org.). Cadernos de debates nova cartografia
social: Territórios quilombolas e conflitos. Manaus: Projeto Nova
Cartografia Social da Amazônia; UEA Edições, 2010 (adaptado).
No texto, as estratégias territoriais dos grupos de remanescentes de quilombo visam garantir:
A | Inserção econômica regional.
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B | Protecionismo comercial tarifário.
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C | Benefícios assistenciais públicos.
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D | Perdão de dívidas fiscais.
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E | Reserva de mercado local.
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Questão 5 |
A hospitalidade pura consiste em acolher aquele que chega antes de lhe impor condições, antes de saber e indagar o que quer que seja, ainda que seja um nome ou um “documento” de identidade. Mas ela também supõe que se dirija a ele, de maneira singular, chamando-o portanto e reconhecendo-lhe um nome próprio: “Como você se chama?” A hospitalidade consiste em fazer tudo para se dirigir ao outro, em lhe conceder, até mesmo perguntar seu nome, evitando que essa pergunta se torne uma “condição”, um inquérito policial, um fichamento ou um simples controle das fronteiras. Uma arte e uma poética, mas também toda uma política dependem disso, toda uma ética se decide aí.
DERRIDA, J. Papel-máquina. São Paulo:
Estação Liberdade, 2004 (adaptado).
Associado ao contexto migratório contemporâneo, o conceito de hospitalidade proposto pelo autor impõe a necessidade de
A | verificação da proveniência.
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B | anulação da diferença.
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C | incorporação da alteridade.
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D | supressão da comunicação.
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E | cristalização da biografia.
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Questão 6 |
A soberania dos cidadãos dotados de plenos direitos era imprescindível para a existência da cidade-estado. Segundo os regimes políticos, a proporção desses cidadãos em relação à população total dos homens livres podia variar muito, sendo bastante pequena nas aristocracias e oligarquias e maior nas democracias.
CARDOSO, C. F. A cidade-estado clássica. São Paulo: Ática, 1985.
Nas cidades-estado da Antiguidade Clássica, a proporção de cidadãos descrita no texto é explicada pela adoção do seguinte critério para a participação política:
A | Controle da terra.
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B | Liberdade de culto.
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C | Exigência da alfabetização.
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D | Igualdade de gênero.
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E | Exclusão dos militares.
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Questão 7 |
Localizado a 160 km da cidade de Porto Velho (capital do estado de Rondônia), nos limites da Reserva Extrativista Jaci-Paraná e Terra Indígena Karipunas, o povoado de União Bandeirantes surgiu em 2000 a partir de movimentos de camponeses, madeireiros, pecuaristas e grileiros que, à revelia do ordenamento territorial e diante da passividade governamental, demarcaram e invadiram terras na área rural fundando a vila. Atualmente, constitui-se na região de maior produção agrícola e leiteira do município de Porto Velho, fornecendo, inclusive, alimentos para a Hidrelétrica de Jirau.
SILVA, R. G. C. Amazônia globalizada — o exemplo de Rondônia.
Confins, n. 23, 2015 (adaptado).
A dinâmica de ocupação territorial descrita foi decorrente da
A | adoção da colonização dirigida.
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B | ampliação de franjas urbanas.
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C | mecanização do processo produtivo.
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D | realização de reforma agrária.
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E | expansão de frentes pioneiras.
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Questão 8 |
A fome não é um problema técnico, pois ela não se deve à falta de alimentos, isso porque a fome convive hoje com as condições materiais para resolvê-la.
PORTO-GONÇALVES, C. W. Geografia da riqueza, fome e meio
ambiente. In: OLIVEIRA, A. U.; MARQUES, M. I. M. (Org.). O campo
no século XXI: território de vida, de luta e de construção da justiça
social. São Paulo: Casa Amarela; Paz e Terra, 2004 (adaptado).
O texto demonstra que o problema alimentar apresentado tem uma dimensão política por estar associado ao(à)
A | padrão de distribuição de renda.
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B | escala de produtividade regional.
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C | dificuldade de armazenamento de grãos.
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D | crescimento da população mundial.
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E | custo de escoamento dos produtos.
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Questão 9 |
A pegada ecológica gigante que estamos a deixar no planeta está a transformá-lo de tal forma que os especialistas consideram que já entramos numa nova época geológica, o Antropoceno. E muitos defendem que, se não travarmos a crise ambiental, mais rapidamente transformaremos a Terra em Vênus do que iremos a Marte. A expressão “Antropoceno” é atribuída ao químico e prêmio Nobel Paul Crutzen, que a propôs durante uma conferência em 2000, ao mesmo tempo que anunciou o fim do Holoceno — a época geológica em que os seres humanos se encontram há cerca de 12 mil anos, segundo a União Internacional das Ciências Geológicas (UICG), a entidade que define as unidades de tempo geológicas.
SILVA, R. D. Antropoceno: e se formos os últimos seres vivos
a alterar a Terra? Disponível em: www.publico.pt.
Acesso em: 5 dez. 2017 (adaptado).
A concepção apresentada considera a existência de uma nova época geológica concebida a partir da capacidade de influência humana nos processos
A | exógenos |
B | metamórficos |
C | eruptivos |
D | tectônicos |
E | magmáticos |
Questão 10 |
O processamento da mandioca era uma atividade já realizada pelos nativos que viviam no Brasil antes da chegada de portugueses e africanos. Entretanto, ao longo do processo de colonização portuguesa, a produção de farinha foi aperfeiçoada e ampliada, tornando-se lugar-comum em todo o território da colônia portuguesa na América. Com a consolidação do comércio atlântico em suas diferentes conexões, a farinha atravessou os mares e chegou aos mercados africanos.
BEZERRA, N. R. Escravidão, farinha e tráfico atlântico:
um novo olhar sobre as relações entre o Rio de Janeiro e
Benguela (1790-1830). Disponível em: www.bn.br.
Acesso em: 20 ago. 2014 (adaptado).
Considerando a formação do espaço atlântico, esse produto exemplifica historicamente a
A | difusão de hábitos alimentares.
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B | diversificação de oferendas religiosas.
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C | disseminação de rituais festivos.
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D | ampliação dos saberes autóctones.
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E | apropriação de costumes guerreiros.
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Questão 11 |
Os moradores de Utqiagvik passaram dois meses quase totalmente na escuridão
Os habitantes desta pequena cidade no Alasca — o estado dos Estados Unidos mais ao norte — já estão acostumados a longas noites sem ver a luz do dia. Em 18 de novembro de 2018, seus pouco mais de 4 mil habitantes viram o último pôr do sol do ano. A oportunidade seguinte para ver a luz do dia ocorreu no dia 23 de janeiro de 2019, às 13 h 04 min (horário local).
Disponível em: www.bbc.com. Acesso em: 16 maio 2019 (adaptado).
O fenômeno descrito está relacionado ao fato de a cidade citada ter uma posição geográfica condicionada pela
A | altitude |
B | latitude |
C | longitude |
D | continentalidade |
E | maritimidade |
Questão 12 |
Produzida no Chile, no final da década de 1970, a imagem expressa um conflito entre culturas e sua presença em museus decorrente da
A | fragmentação dos territórios das comunidades representadas.
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B | ampliação da rede de instituições de memória.
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C | valorização do mercado das obras de arte.
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D | burocratização do acesso dos espaços expositivos.
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E | definição dos critérios de criação de acervos.
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Questão 13 |
A divisão política do mundo como apresentada na imagem seria possível caso o planeta fosse marcado pela estabilidade do(a)
A | estrutura geológica.
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B | índice pluviométrico.
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C | pressão atmosférica.
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D | processo erosivo.
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E | ciclo hidrológico.
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Questão 14 |
A partir da segunda metade do século XVIII,o número de escravos recém-chegados cresce no Rio e se estabiliza na Bahia. Nenhum lugar servia tão bem à recepção de escravos quanto o Rio de Janeiro.
FRANÇA, R. O tamanho real da escravidão. O Globo,
5 abr. 2015 (adaptado).
Na matéria, o jornalista informa uma mudança na dinâmica do tráfico atlântico que está relacionada à seguinte atividade:
A | Retirada de madeira do litoral.
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B | Exploração da lavoura de Tabaco.
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C | Adoção da pecuária extensiva.
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D | Coleta de drogas do sertão.
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E | Extração de metais preciosos.
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Questão 15 |
Em nenhuma outra época o corpo magro adquiriu um sentido de corpo ideal e esteve tão em evidência como nos dias atuais: esse corpo, nu ou vestido, exposto em diversas revistas femininas e masculinas, está na moda: é capa de revistas, matérias de jornais, manchetes publicitárias, e se transformou em sonho de consumo para milhares de pessoas. Partindo dessa concepção, o gordo passa a ter um corpo visivelmente sem comedimento, sem saúde, um corpo estigmatizado pelo desvio, o desvio pelo excesso. Entretanto, como afirma a escritora Marylin Wann, é perfeitamente possível ser gordo e saudável. Frequentemente os gordos adoecem não por causa da gordura, mas sim pelo estresse, pela opressão a que são submetidos.
VASCONCELOS, N. A.; SUDO, I.; SUDO, N. Um peso na alma:
o corpo gordo e a mídia. Revista Mal-Estar e Subjetividade,
n. 1, mar. 2004 (adaptado).
No texto, o tratamento predominante na mídia sobre a relação entre saúde e corpo recebe a seguinte crítica:
A | Propagação das conclusões científicas.
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B | Reiteração dos discursos hegemônicos.
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C | Exaltação das crendices populares.
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D | Contestação dos estereótipos consolidados. |
E | Difusão das estéticas antigas.
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Questão 16 |
A criação do Sistema Único de Saúde (SUS) como uma política para todos constitui-se uma das mais importantes conquistas da sociedade brasileira no século XX. O SUS deve ser valorizado e defendido como um marco para a cidadania e o avanço civilizatório. A democracia envolve um modelo de Estado no qual políticas protegem os cidadãos e reduzem as desigualdades. O SUS é uma diretriz que fortalece a cidadania e contribui para assegurar o exercício de direitos, o pluralismo político e o bem-estar como valores de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, conforme prevê a Constituição Federal de 1988.
RIZZOTO, M. L. F. et al. Justiça social, democracia com direitos
sociais e saúde: a luta do Cebes. Revista Saúde em Debate,
n. 116, jan.-mar. 2018 (adaptado).
Segundo o texto, duas características da concepção da política pública analisada são:
A | Revolucionarismo e coparticipação.
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B | Universalismo e igualitarismo.
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C | Nacionalismo e individualismo.
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D | Paternalismo e filantropia.
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E | Liberalismo e meritocracia.
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Questão 17 |
Em sentido geral e fundamental, Direito é a técnica da coexistência humana, isto é, a técnica voltada a tornar possível a coexistência dos homens. Como técnica, o Direito se concretiza em um conjunto de regras (que, nesse caso, são leis ou normas); e tais regras têm por objeto o comportamento intersubjetivo, isto é, o comportamento recíproco dos homens entre si.
ABBAGNANO, N. Dicionário de Filosofia.
São Paulo: Martins Fontes, 2007.
O sentido geral e fundamental do Direito, conforme foi destacado, refere-se à
A | regulação do convívio social.
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B | legitimação de decisões políticas.
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C | aplicação de códigos legais.
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D | representação da autoridade constituída.
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E | mediação de conflitos econômicos.
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Questão 18 |
A cidade medieval é, antes de mais nada, uma sociedade da abundância, concentrada num pequeno espaço em meio a vastas regiões pouco povoadas. Em seguida, é um lugar de produção e de trocas, onde se articulam o artesanato e o comércio, sustentados por uma economia monetária. É também o centro de um sistema de valores particular, do qual emerge a prática laboriosa e criativa do trabalho, o gosto pelo negócio e pelo dinheiro, a inclinação para o luxo, o senso da beleza. É ainda um sistema de organização de um espaço fechado com muralhas, onde se penetra por portas e se caminha por ruas e praças e que é guarnecido por torres.
LE GOFF, J.; SCHMITT, J.-C. Dicionário temático do Ocidente Medieval. Bauru: Edusc, 2006.
No texto, o espaço descrito se caracteriza pela associação entre a ampliação das atividades urbanas e a
A | superação do ordenamento corporativo dos ofícios.
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B | independência da produção alimentar dos campos.
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C | aceitação das práticas usurárias dos religiosos.
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D | permanência dos elementos arquitetônicos de proteção.
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E | emancipação do poder hegemônico da realeza.
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Questão 19 |
TEXTO I
Os segredos da natureza se revelam mais sob a tortura dos experimentos do que no seu curso natural.
BACON, F. Novum Organum, 1620. In: HADOT, P. O véu de Ísis:
ensaio sobre a história da ideia de natureza.
São Paulo: Loyola, 2006.
TEXTO II
O ser humano, totalmente desintegrado do todo, não percebe mais as relações de equilíbrio da natureza. Age de forma totalmente desarmônica sobre o ambiente, causando grandes desequilíbrios ambientais.
GUIMARÃES, M. A dimensão ambiental na educação.
Campinas: Papirus, 1995.
Os textos indicam uma relação da sociedade diante da natureza caracterizada pela
A | retomada do modelo criacionista.
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B | recuperação do legado ancestral.
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C | infalibilidade do método científico.
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D | objetificação do espaço físico.
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E | formação da cosmovisão holística.
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Questão 20 |
Saudado por centenas de militantes de movimentos sociais de quarenta países, o papa Francisco encerrou no dia 09/07/2015 o 2º Encontro Mundial dos Movimentos Populares, em Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia. Segundo ele, a “globalização da esperança, que nasce dos povos e cresce entre os pobres, deve substituir esta globalização da exclusão e da indiferença”.
Disponível em: http://cartamaior.com.br.
Acesso em: 15 jul. 2015 (adaptado).
No texto há uma crítica ao seguinte aspecto do mundo globalizado:
A | Disparidade econômica.
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B | Conectividade cultural.
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C | Complementaridade commercial.
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D | Mobilidade humana.
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E | Liberdade política.
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Questão 21 |
A lenda diz que, em um belo dia ensolarado, Newton estava relaxando sob uma macieira. Pássaros gorjeavam em suas orelhas. Havia uma brisa gentil. Ele cochilou por alguns minutos. De repente, uma maçã caiu sobre a sua cabeça e ele acordou com um susto. Olhou para cima. “Com certeza um pássaro ou um esquilo derrubou a maçã da árvore”, supôs. Mas não havia pássaros ou esquilos na árvore por perto. Ele, então, pensou: “Apenas alguns minutos antes, a maçã estava pendurada na árvore. Nenhuma força externa fez ela cair. Deve haver alguma força subjacente que causa a queda das coisas para a terra”.
The English Enlightenment, p. 1-3, apud MARTINS, R. A. A maçã de Newton:
história, lendas e tolices. In: SILVA, C. C. (org.). Estudos de história e filosofia
das ciências: subsídios para aplicação no ensino. São Paulo: Livraria da Física,
2006. p. 169 (adaptado).
Em contraponto a uma interpretação idealizada, o texto aponta para a seguinte dimensão fundamental da ciência moderna:
A | Proposição de hipóteses.
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B | Contemplação da natureza.
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C | Felsificação de teses
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D | Universalização de conclusões.
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E | Negação da observação.
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Questão 22 |
O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) está investigando o extermínio de abelhas por intoxicação por agrotóxicos em colmeias de São Paulo e Minas Gerais. Os estudos com inseticidas do tipo neonicotinoides devem estar concluídos no primeiro semestre de 2015. Trata-se de um problema de escala mundial, presente, inclusive, em países do chamado primeiro mundo, e que traz, como consequência, grave ameaça aos seres vivos do planeta, inclusive ao homem.
IBAMA. Polinizadores em risco de extinção são ameaça
à vida do ser humano. Disponível em: www.mma.gov.br.
Acesso em: 10 mar. 2014.
Qual solução para o problema apresentado garante a produtividade da agricultura moderna?
A | Preservação da área de mata ciliar.
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B | Ampliação do modelo de monocultura tropical.
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C | Intensificação da drenagem do solo de várzea.
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D | Utilização da técnica de controle biológico.
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E | Adoção da prática de adubação química.
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Questão 23 |
A geração de imagens por meio da tecnologia ilustrada depende da variação do(a):
A | Campo de magnetismo terrestre.
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B | Qualidade dos recursos minerais.
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C | Profundidade do lençol freático.
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D | Albedo dos corpos físicos.
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E | Movimento de translação planetária. |
Questão 24 |
Art. 90. As nomeações dos deputados e senadores para a Assembleia Geral, e dos membros dos Conselhos Gerais das províncias, serão feitas por eleições, elegendo a massa dos cidadãos ativos em assembleias paroquiais, os eleitores de província, e estes, os representantes da nação e província.
Art. 92. São excluídos de votar nas assembleias paroquiais:
I. Os menores de vinte e cinco anos, nos quais se não compreendem os casados, os oficiais militares, que forem maiores de vinte e um anos, os bacharéis formados e os clérigos de ordens sacras.
II. Os filhos de famílias, que estiverem na companhia de seus pais, salvo se servirem a ofícios públicos.
III. Os criados de servir, em cuja classe não entram os guarda-livros, e primeiros caixeiros das casas de comércio, os criados da Casa Imperial, que não forem de galão branco, e os administradores das fazendas rurais e fábricas.
IV. Os religiosos e quaisquer que vivam em comunidade claustral.
V. Os que não tiverem de renda líquida anual cem mil réis por bens de raiz, indústria, comércio, ou emprego.
BRASIL. Constituição de 1824. Disponível em: www.planalto.gov.br.
Acesso em: 4 abr. 2015 (adaptado).
De acordo com os artigos do dispositivo legal apresentado, o sistema eleitoral instituído no início do Império é marcado pelo(a)
A | representação popular e sigilo individual.
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B | liberdade pública e abertura política.
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C | caráter liberal e sistema parlamentar.
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D | voto indireto e perfil censitário.
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E | ética partidária e supervisão estatal.
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Questão 25 |
Essa atmosfera de loucura e irrealidade, criada pela aparente ausência de propósitos, é a verdadeira cortina de ferro que esconde dos olhos do mundo todas as formas de campos de concentração. Vistos de fora, os campos e o que neles acontece só podem ser descritos com imagens extraterrenas, como se a vida fosse neles separada das finalidades deste mundo. Mais que o arame farpado, é a irrealidade dos detentos que ele confina que provoca uma crueldade tão incrível que termina levando à aceitação do extermínio como solução perfeitamente normal.
ARENDT, H. Origens do totalitarismo. São Paulo:
Cia. das Letras, 1989 (adaptado).
A partir da análise da autora, no encontro das temporalidades históricas, evidencia-se uma crítica à naturalização do(a)
A | cosmologia religiosa, que sustenta as tradições hierárquicas.
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B | segregação humana, que fundamenta os projetos biopolíticos.
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C | enquadramento cultural, que favorece os comportamentos punitivos.
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D | alienação ideológica, que justifica as ações individuais.
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E | ideário nacional, que legitima as desigualdades sociais.
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Questão 26 |
A maior parte das agressões e manifestações discriminatórias contra as religiões de matrizes africanas ocorrem em locais públicos (57%). É na rua, na via pública, que tiveram lugar mais de 2/3 das agressões, geralmente em locais próximos às casas de culto dessas religiões. O transporte público também é apontado como um local em que os adeptos das religiões de matrizes africanas são discriminados, geralmente quando se encontram paramentados por conta dos preceitos religiosos.
As práticas descritas no texto são incompatíveis com a dinâmica de uma sociedade laica e democrática porque
A | falseiam os dogmas teológicos.
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B | restringem a liberdade de credo.
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C | asseguram as expressões multiculturais.
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D | promovem a diversidade de etnias.
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E | estimulam os rituais sincréticos.
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Questão 27 |
Entre os combatentes estava a mais famosa heroína da Independência. Nascida em Feira de Santana, filha de lavradores pobres, Maria Quitéria de Jesus tinha trinta anos quando a Bahia começou a pegar em armas contra os portugueses. Apesar da proibição de mulheres nos batalhões de voluntários, decidiu se alistar às escondidas. Cortou os cabelos, amarrou os seios, vestiu-se de homem e incorporou-se às fileiras brasileiras com o nome de Soldado Medeiros.
GOMES, L. 1822. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2010.
No processo de Independência do Brasil, o caso mencionado é emblemático porque evidencia a
A | flexibilidade administrativa do governo imperial.
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B | rigidez hierárquica da estrutura social.
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C | receptividade metropolitana aos ideais emancipatórios.
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D | adesão pública dos imigrantes portugueses.
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E | inserção feminina nos ofícios militares.
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Questão 28 |
TEXTO I
Duas coisas enchem o ânimo de admiração e veneração sempre crescentes: o céu estrelado sobre mim e a lei moral em mim.
KANT, I. Crítica da razão prática. Lisboa: Edições 70, s/d (adaptado).
TEXTO II
Duas coisas admiro: a dura lei cobrindo-me e o estrelado céu dentro de mim.
FONTELA, O. Kant (relido). In: Poesia completa.
São Paulo: Hedra, 2015.
A releitura realizada pela poeta inverte as seguintes ideias centrais do pensamento kantiano:
A | Possibilidade da liberdade e obrigação da ação.
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B | Interioridade da norma e fenomenalidade do mundo.
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C | Prescindibilidade do empírico e autoridade da razão.
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D | Aprioridade do juízo e importância da natureza.
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E | Necessidade da boa vontade e crítica da metafísica.
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Questão 29 |
Fala-se aqui de uma arte criada nas ruas e para as ruas, marcadas antes de tudo pela vida cotidiana, seus conflitos e suas possibilidades, que poderiam envolver técnicas, agentes e temas que não fossem encontrados nas instituições mais tradicionais e formais.
VALVERDE, R. R. H. F. Os limites da inversão: a heterotopia do Beco do Batman. Boletim Goiano de Geografia (Online). Goiânia, v. 37, n. 2, maio/ago. 2017 (adaptado).
A manifestação artística expressa na imagem e apresentada no texto integra um movimento contemporâneo de
A | padronização das culturas urbanas.
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B | valorização dos formalismos estéticos.
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C | apropriação dos espaços públicos.
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D | regulação das relações sociais.
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E | revitalização dos patrimônios históricos.
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Questão 30 |
A Declaração Universal dos Direitos Humanos, adotada e proclamada pela Assembleia Geral da ONU na Resolução 217-A, de 10 de dezembro de 1948, foi um acontecimento histórico de grande relevância. Ao afirmar, pela primeira vez em escala planetária, o papel dos direitos humanos na convivência coletiva, pode ser considerada um evento inaugural de uma nova concepção de vida internacional.
LAFER, C. Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948).
In: MAGNOLI, D. (Org.). História da paz. São Paulo: Contexto, 2008.
A declaração citada no texto introduziu uma nova concepção nas relações internacionais ao possibilitar a
A | impunidade dos atos criminosos.
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B | redução da truculência belicista.
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C | inibição dos choques civilizacionais.
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D | defesa dos grupos vulneráveis.
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E | superação da soberania estatal.
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Questão 31 |
Penso que não há um sujeito soberano, fundador, uma forma universal de sujeito que poderíamos encontrar em todos os lugares. Penso, pelo contrário, que o sujeito se constitui através das práticas de sujeição ou, de maneira mais autônoma, através de práticas de liberação, de liberdade, como na Antiguidade — a partir, obviamente, de um certo número de regras, de estilos, que podemos encontrar no meio cultural.
FOUCAULT, M. Ditos e escritos V: ética, sexualidade, política.
Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2004.
O texto aponta que a subjetivação se efetiva numa dimensão
A | transcendental, efetivada em princípios religiosos.
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B | racional, baseada em pressupostos lógicos.
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C | legal, pautada em preceitos jurídicos.
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D | essencial, fundamentada em parâmetros substancialistas.
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E | contingencial, processada em interações sociais.
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Questão 32 |
A Revolta da Vacina (1904) mostrou claramente o aspecto defensivo, desorganizado, fragmentado da ação popular. Não se negava o Estado, não se reivindicava participação nas decisões políticas; defendiam-se valores e direitos considerados acima da intervenção do Estado.
CARVALHO, J. M. Os bestializados: o Rio de Janeiro e a República
que não foi. São Paulo: Cia. das Letras, 1987 (adaptado).
A mobilização analisada representou um alerta, na medida em que a ação popular questionava
A | a política clientelista.
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B | o arbítrio governamental.
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C | as reformas urbanas.
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D | a alta de preços.
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E | as práticas eleitorais.
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Questão 33 |
A reestruturação global da indústria, condicionada pelas estratégias de gestão global da cadeia de valor dos grandes grupos transnacionais, promoveu um forte deslocamento do processo produtivo, até mesmo de plantas industriais inteiras, e redirecionou os fluxos de produção e de investimento. Entretanto, o aumento da participação dos países em desenvolvimento no produto global deu-se de forma bastante assimétrica quando se compara o dinamismo dos países do leste asiático com o dos demais países, sobretudo os latino-americanos, no período 1980-2000.
SARTI, F.; HIRATUKA, C. Indústria mundial: mudanças e
endências recentes. Campinas: Unicamp, n. 186, dez. 2010.
A dinâmica de transformação da geografia das indústrias descrita expõe a complementaridade entre dispersão espacial e
A | crises de abastecimento.
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B | concentração econômica.
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C | autonomia tecnológica.
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D | descentralização política.
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E | compartilhamento de lucros. |
Questão 34 |
TEXTO I
Considero apropriado deter-me algum tempo na contemplação deste Deus todo perfeito, ponderar totalmente à vontade seus maravilhosos atributos, considerar, admirar e adorar a incomparável beleza dessa imensa luz.
DESCARTES, R. Meditações. São Paulo: Abril Cultural, 1980.
TEXTO II
Qual será a forma mais razoável de entender como é o mundo? Existirá alguma boa razão para acreditar que o mundo foi criado por uma divindade todo-poderosa? Não podemos dizer que a crença em Deus é “apenas” uma questão de fé.
RACHELS, J. Problemas da filosofia. Lisboa: Gradiva, 2009.
Os textos abordam um questionamento da construção da modernidade que defende um modelo
A | configurado na percepção etnocêntrica.
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B | baseado na explicação mitológica.
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C | centrado na razão humana.
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D | fundamentado na ordenação imanentista.
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E | focado na legitimação contratualista.
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Questão 35 |
No Hemisfério Sul, a sequência latitudinal dos desertos representada na imagem sofre uma interrupção no Brasil devido à seguinte razão:
A | Influência de umidade das áreas florestais.
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B | Preponderância de altas pressões atmosféricas.
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C | Existência de superfícies de intensa refletividade.
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D | Ausência de massas de ar continentais.
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E | Predomínio de correntes marinhas frias.
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Questão 36 |
No sistema capitalista, as muitas manifestações de crise criam condições que forçam a algum tipo de racionalização. Em geral, essas crises periódicas têm o efeito de expandir a capacidade produtiva e de renovar as condições de acumulação. Podemos conceber cada crise como uma mudança do processo de acumulação para um nível novo e superior.
HARVEY, D. A produção capitalista do espaço.
São Paulo: Annablume, 2005 (adaptado).
A condição para a inclusão dos trabalhadores no novo processo produtivo descrito no texto é a
A | regulamentação functional.
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B | qualificação profissional.
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C | associação sindical.
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D | participação eleitoral.
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E | migração internacional.
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Questão 37 |
O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) realizou 248 ações fiscais e resgatou um total de 1 590 trabalhadores da situação análoga à de escravo, em 2014, em todo o país. A análise do enfrentamento do trabalho em condições análogas às de escravo materializa a efetivação de parcerias inéditas no trato da questão, podendo ser referenciadas ações fiscais realizadas com o Ministério da Defesa, Exército Brasileiro, Instituto Brasileiro do Meio mbiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
Disponível em: http://portal.mte.gov.br.
Acesso em: 4 fev. 2015 (adaptado).
A estratégia defendida no texto para reduzir o problema social apontado consiste em:
A | Articular os órgãos públicos.
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B | Limitar a autonomia das empresas.
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C | Financiar as pesquisas acadêmicas.
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D | Ampliar a emissão das multas.
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E | Pressionar o Poder Legislativo.
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Questão 38 |
Para Maquiavel, quando um homem decide dizer a verdade pondo em risco a própria integridade física, tal resolução diz respeito apenas a sua pessoa. Mas se esse mesmo homem é um chefe de Estado, os critérios pessoais não são mais adequados para decidir sobre ações cujas consequências se tornam tão amplas, já que o prejuízo não será apenas individual, mas coletivo. Nesse caso, conforme as circunstâncias e os fins a serem atingidos, pode-se decidir que o melhor para o bem comum seja mentir.
ARANHA, M. L. Maquiavel: a lógica da força.
São Paulo: Moderna, 2006 (adaptado).
O texto aponta uma inovação na teoria política na época moderna expressa na distinção entre
A | objetividade e subjetividade do conhecimento.
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B | verificabilidade e possibilidade da verdade.
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C | idealidade e efetividade da moral.
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D | ilegalidade e legitimidade do governante.
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E | nulidade e preservabilidade da liberdade.
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Questão 39 |
A | Sacralização e profanação.
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B | Exploração e romantização.
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C | Preservação e degradação.
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D | Idealização e mercantilização.
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E | Segregação e democratização.
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Questão 40 |
Brasil, Alemanha, Japão e Índia pedem reforma do Conselho de Segurança
Os representantes do G4 (Brasil, Alemanha, Índia e Japão) reiteraram, em setembro de 2018, a defesa pela ampliação do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) durante reunião em Nova York (Estados Unidos). Em declaração conjunta, de dez itens, os chanceleres destacaram que o órgão, no formato em que está, com apenas cinco membros permanentes e dez rotativos, não reflete o século 21. “A reforma do Conselho de Segurança é essencial para enfrentar os desafios complexos de hoje. Como aspirantes a novos membros permanentes de um conselho reformado, os ministros reiteraram seu compromisso de trabalhar para fortalecer o funcionamento da ONU e da ordem multilateral global, bem como seu apoio às respectivas candidaturas”, afirma a declaração conjunta.
Disponível em: http://agenciabrasil.ebc.com.br.
Acesso em: 7 dez. 2018 (adaptado).
Os países mencionados no texto justificam sua pretensão com base na seguinte característica comum:
A | Protagonismo em escala regional.
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B | Disponibilidade de recursos minerais.
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C | Extensividade de área territorial.
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D | Investimento em tecnologia militar.
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E | Desenvolvimento de energia nuclear.
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Questão 41 |
De fato, não é porque o homem pode usar a vontade livre para pecar que se deve supor que Deus a concedeu para isso. Há, portanto, uma razão pela qual Deus deu ao homem esta característica, pois sem ela não poderia viver e agir corretamente. Pode-se compreender, então, que ela foi concedida ao homem para esse fim, considerando-se que se um homem a usa para pecar, recairão sobre ele as punições divinas. Ora, isso seria injusto se a vontade livre tivesse sido dada ao homem não apenas para agir corretamente, mas também para pecar. Na verdade, por que deveria ser punido aquele que usasse sua vontade para o fim para o qual ela lhe foi dada?
AGOSTINHO. O livre-arbítrio. In: MARCONDES, D. Textos básicos
de ética. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2008.
Nesse texto, o filósofo cristão Agostinho de Hipona sustenta que a punição divina tem como fundamento o(a)
A | afastamento das ações de desapego.
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B | desvio da postura celibatária.
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C | insuficiência da autonomia moral.
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D | distanciamento das práticas de sacrifício.
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E | violação dos preceitos do Velho Testamento.
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Questão 42 |
O bônus demográfico é caracterizado pelo período em que, por causa da redução do número de filhos por mulher, a estrutura populacional fica favorável ao crescimento econômico. Isso acontece porque há proporcionalmente menos crianças na população, e o percentual de idosos ainda não é alto.
GOIS, A. O Globo, 5 abr. 2015 (adaptado).
A ação estatal que contribui para o aproveitamento do bônus demográfico é o estímulo à
A | concessão de aposentadorias.
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B | qualificação da mão de obra.
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C | admissão de exilados políticos.
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D | atração de imigrantes.
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E | elevação da carga tributária.
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Questão 43 |
Dizem que Humboldt, naturalista do século XIX, maravilhado pela geografia, flora e fauna da região sul-americana, via seus habitantes como se fossem mendigos sentados sobre um saco de ouro, referindo-se a suas incomensuráveis riquezas naturais não exploradas. De alguma maneira, o cientista ratificou nosso papel de exportadores de natureza no que seria o mundo depois da colonização ibérica: enxergou-nos como territórios condenados a aproveitar os recursos naturais existentes.
ACOSTA, A. Bem viver: uma oportunidade para imaginar outros mundos.
São Paulo: Elefante, 2016 (adaptado).
A relação entre ser humano e natureza ressaltada no texto refletia a permanência da seguinte corrente filosófica:
A | Pluralismo epistemológico.
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B | Existencialismo fenomenológico. |
C | Racionalismo cartesiano.
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D | Relativismo cognitivo.
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E | Materialismo dialético.
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Questão 44 |
TEXTO I
A centralização econômica, o protecionismo e a expansão ultramarina engrandeceram o Estado,embora beneficiassem a burguesia incipiente.ANDERSON, P. In: DEYON, P. O mercantilismo. Lisboa: Gradiva,1989 (adaptado).
TEXTO II
As interferências da legislação e das práticas exclusivistas restringem a operação benéfica da lei natural na esfera das relações econômicas.SMITH, A. A riqueza das Nações. São Paulo: Abril Cultural, 1983 (adaptado).
Entre os séculos XVI e XIX, diferentes concepções sobre as relações entre Estado e economia foram formuladas. Tais concepções, associadas a cada um dos textos, confrontam-se, respectivamente, na oposição entre as práticas de
A | eliminação das tarifas alfandegárias — incentivo ao livre-cambismo.
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B | defesa dos monopólios régios — apoio à livre concorrência.
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C | formação do sistema metropolitano — crítica à livre navegação.
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D | abandono da acumulação metalista — estímulo ao livre-comércio.
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E | valorização do pacto colonial — combate à livre- -iniciativa.
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Questão 45 |
Tratava-se agora de construir um ritmo novo. Para tanto, era necessário convocar todas as forças vivas da Nação, todos os homens que, com vontade de trabalhar e confiança no futuro, pudessem erguer, num tempo novo, um novo Tempo. E, à grande convocação que conclamava o povo para a gigantesca tarefa, começaram a chegar de todos os cantos da imensa pátria os trabalhadores: os homens simples e quietos, com pés de raiz, rostos de couro e mãos de pedra, e no calcanho, em carro de boi, em lombo de burro, em paus-de-arara, por todas as formas possíveis e imagináveis, em sua mudez cheia de esperança, muitas vezes deixando para trás mulheres e filhos a aguardar suas promessas de melhores dias; foram chegando de tantos povoados, tantas cidades cujos nomes pareciam cantar saudades aos seus ouvidos, dentro dos antigos ritmos da imensa pátria… Terra de sol, Terra de luz… Brasil! Brasil! Brasília!
MORAES, V.; JOBIM, A. C. Brasília, sinfonia da alvorada. III — A chegada
dos candangos. Disponível em: www.viniciusdemoraes.com.br.
Acesso em: 14 ago. 2012 (adaptado).
No texto, a narrativa produzida sobre a construção de Brasília articula os elementos políticos e socioeconômicos indicados, respectivamente, em:
A | Consenso partidário e modernização rodoviária.
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B | Perspectiva democrática e eficácia dos transportes.
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C | Apelo simbólico e migração inter-regional.
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D | Organização sindical e expansão do capital.
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E | Segurança territorial e estabilidade financeira.
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