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[Enem] – Prova: Linguagens, códigos e suas tecnologias
Questão 1 |
Ela nasceu lesma, vivia no meio das lesmas, mas não estava satisfeita com sua condição. Não passamos de criaturas desprezadas, queixava-se. Só somos conhecidas por nossa lentidão. O rastro que deixaremos na História será tão desprezível quanto a gosma que marca nossa passagem pelos pavimentos.
A esta frustração correspondia um sonho: a lesma queria ser como aquele parente distante, o escargot. O simples nome já a deixava fascinada: um termo francês, elegante, sofisticado, um termo que as pessoas pronunciavam com respeito e até com admiração. Mas, lembravam as outras lesmas, os escargots são comidos, enquanto nós pelo menos temos chance de sobreviver. Este argumento não convencia a insatisfeita lesma, ao contrário: preferiria exatamente terminar sua vida desta maneira, numa mesa de toalha adamascada, entre talheres de prata e cálices de cristal. Assim como o mar é o único túmulo digno de um almirante batavo, respondia, a travessa de porcelana é a única lápide digna dos meus sonhos.
SCLIAR, M. Sonho de lesma. In: ABREU, C. F. et al.
A prosa do mundo. São Paulo: Global, 2009.
Incorporando o devaneio da personagem, o narrador compõe uma alegoria que representa o anseio de
A | restaurar o estado de felicidade pregressa.
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B | valorizar as experiências hedonistas do presente.
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C | materializar expectativas de natureza utópica.
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D | rejeitar metas de superação de desafios.
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E | rivalizar com indivíduos de condição privilegiada.
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Questão 2 |
Menina
A máquina de costura avançava decidida sobre o pano. Que bonita que a mãe era, com os alfinetes na boca. Gostava de olhá-la calada, estudando seus gestos, enquanto recortava retalhos de pano com a tesoura. Interrompia às vezes seu trabalho, era quando a mãe precisava da tesoura. Admirava o jeito decidido da mãe ao cortar pano, não hesitava nunca, nem errava. A mãe sabia tanto! Tita chamava-a de ( ) como quem diz ( ). Tentava não pensar as palavras, mas sabia que na mesma hora da tentativa tinha-as pensado. Oh, tudo era tão difícil. A mãe saberia o que ela queria perguntar-lhe intensamente agora quase com fome depressa depressa antes de morrer, tanto que não se conteve e — Mamãe, o que é desquitada? — atirou rápida com uma voz sem timbre. Tudo ficou suspenso, se alguém gritasse o mundo acabava ou Deus aparecia — sentia Ana Lúcia. Era muito forte aquele instante, forte demais para uma menina, a mãe parada com a tesoura no ar, tudo sem solução podendo desabar a qualquer pensamento, a máquina avançando desgovernada sobre o vestido de seda brilhante espalhando luz luz luz.
ÂNGELO, I. Menina. In: A face horrível. São Paulo: Lazuli, 2017.
Escrita na década de 1960, a narrativa põe em evidência uma dramaticidade centrada na
A | associação entre a angústia da menina e a reação intempestiva da mãe.
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B | insinuação da lacuna familiar gerada pela ausência da figura paterna.
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C | representação de estigmas sociais modulados pela perspectiva da criança.
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D | relação conflituosa entre o trabalho doméstico e a emancipação feminina.
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E | expressão de dúvidas existenciais intensificadas pela percepção do abandon.
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Questão 3 |
Com o enredo que homenageou o centenário do Rei do Baião, Luiz Gonzaga, a Unidos da Tijuca foi coroada no Carnaval 2012.
A penúltima escola a entrar na Sapucaí, na segunda noite de desfiles, mergulhou no universo do cantor e compositor brasileiro e trouxe a cultura nordestina com criatividade para a Avenida, com o enredo O dia em que toda a realeza desembarcou na Avenida para coroar o Rei Luiz do Sertão.
Disponível em: www.cultura.rj.gov.br.
Acesso em: 15 maio 2012 (adaptado).
A notícia relata um evento cultural que marca a
A | valorização das origens oligárquicas da cultura nordestina.
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B | primazia do samba sobre a música nordestina.
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C | proposta de resgate de antigos gêneros musicais brasileiros.
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D | inter-relação entre dois gêneros musicais brasileiros.
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E | criatividade em compor um samba-enredo em homenagem a uma pessoa.
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Questão 4 |
TEXTO I
TEXTO II
Quadrinista surda faz sucesso na CCXP
com narrativas silenciosas
A área de artistas independentes da Comic Con Experience (CCXP) deste ano é a maior da história do evento geek, são mais de 450 quadrinistas e ilustradores no Artistsꞌ Alley.
E a diversidade vai além do estilo das HQ. Em uma das mesas na fila F, senta a quadrinista com deficiência auditiva Ju Loyola, com suas histórias que classifica como “narrativas silenciosas”. São histórias que podem ser compreendidas por crianças e adultos, e pessoas de qualquer nacionalidade, pelo simples motivo de não terem uma única palavra.
A artista não escreve roteiros convencionais para suas obras. Sua experiência de ter que entender a comunicação pelo que vê faz com que ela se identifique muito mais com o que observa do que com o que as pessoas dizem.
E basta folhear suas obras que fica claro que elas não são histórias em quadrinhos que perderam as palavras, mas sim que ganharam uma nova perspectiva.
Disponível em: https://catracalivre.com.br. Acesso em: 8 dez. 2018 (adaptado).
O Texto I exemplifica a obra de uma artista surda, que promove uma experiência de leitura inovadora, divulgada no Texto II. Independentemente de seus objetivos, ambos os textos
A | colaboram para a valorização de enredos românticos.
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B | contribuem com o processo de acessibilidade.
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C | questionam o padrão tradicional das HQ. |
D | incentivam a produção de roteiros compostos por imagens.
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E | revelam o sucesso de um evento de cartunistas.
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Questão 5 |
Utilizando chocolate derretido como matéria-prima, essa obra de Vick Muniz reproduz a célebre fotografia do processo de criação de Jackson Pollock. A originalidade dessa releitura reside na
A | crítica ao advento do abstracionismo.
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B | reflexão acerca dos sistemas de circulação da arte.
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C | contraposição de linguagens artísticas distintas.
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D | simplificação dos traços da composição pictórica.
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E | apropriação parodística das técnicas e materiais utilizados.
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Questão 6 |
Meu caro Sherlock Holmes, algo horrível aconteceu às três da manhã no Jardim Lauriston. Nosso homem que estava na vigia viu uma luz às duas da manhã saindo de uma casa vazia. Quando se aproximou, encontrou a porta aberta e, na sala da frente, o corpo de um cavalheiro bem vestido. Os cartões que estavam em seu bolso tinham o nome de Enoch J. Drebber, Cleveland, Ohio, EUA. Não houve assalto e nosso homem não conseguiu encontrar algo que indicasse como ele morreu. Não havia marcas de sangue, nem feridas nele. Não sabemos como ele entrou na casa vazia. Na verdade, todo assunto é um quebra-cabeça sem fim. Se puder vir até a casa seria ótimo, se não, eu lhe conto os detalhes e gostaria muito de saber sua opinião. Atenciosamente, Tobias Gregson.
DOYLE, A. C. Um estudo em vermelho. Cotia: Pé de Letra, 2017.
Considerando o objetivo da carta de Tobias Gregson, a sequência de enunciados negativos presente nesse texto tem a função de
A | restringir a investigação, deixando-a sob a responsabilidade do autor da carta.
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B | identificar o local da cena do crime, localizando-o no Jardim Lauriston.
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C | apresentar o vigia, incluindo-o entre os suspeitos do assassinato
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D | introduzir o destinatário da carta, caracterizando sua personalidade. |
E | refutar possíveis causas da morte do cavalheiro, auxiliando na investigação.
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Questão 7 |
A rede é, antes de tudo, um instrumento de comunicação entre pessoas, um laço virtual em que as comunidades auxiliam seus membros a aprender o que querem saber. Os dados não representam senão a matéria-prima de um processo intelectual e social vivo, altamente elaborado. Enfim, toda inteligência coletiva do mundo jamais dispensará a inteligência pessoal, o esforço individual e o tempo necessário para aprender, pesquisar, avaliar e integrar-se a diversas comunidades, sejam elas virtuais ou não. A rede jamais pensará em seu lugar, fique tranquilo.
LÉVY, P. A máquina universo: criação, cognição e cultura
informática. Porto Alegre: Artmed, 1998.
No contexto das novas tecnologias de informação e comunicação, a circulação de saberes depende da
A | otimização do tempo.
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B | contribuição dos usuários.
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C | quantidade de informação.
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D | colaboração de intelectuais.
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E | confiabilidade dos sites.
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Questão 8 |
1. Nós queremos cantar o amor ao perigo, o hábito da energia e da temeridade.
2. A coragem, a audácia, a rebelião serão elementos essenciais de nossa poesia.
3. A literatura exaltou até hoje a imobilidade pensativa, o êxtase, o sono. Nós queremos exalter o movimento agressivo, a insônia febril, o passo de corrida, o salto mortal, o bofetão e o soco.
4. Nós afirmamos que a magnificência do mundo enriqueceu-se de uma beleza nova: a beleza da velocidade. Um automóvel de corrida com seu cofre enfeitado com tubos grossos, semelhantes a serpentes de hálito explosivo… um automóvel rugidor, que parece correr sobre a metralha, é mais bonito que a Vitória de Samotrácia.
5. Nós queremos entoar hinos ao homem que segura o volante, cuja haste ideal atravessa a Terra, lançada também numa corrida sobre o circuito da sua órbita.
6. É preciso que o poeta prodigalize com ardor, fausto e munificiência, para aumentar o entusiástico fervor dos elementos primordiais.
MARINETTI, F. T. Manifesto futurista. In: TELES, G. M. Vanguardas
europeias e Modernismo brasileiro. Petrópolis: Vozes, 1985.
O documento de Marinetti, de 1909, propõe os referenciais estéticos do Futurismo, que valorizam a
A | inovação tecnológica.
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B | suspensão do tempo.
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C | retomada do helenismo.
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D | composição estática.
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E | manutenção das tradições.
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Questão 9 |
Essa campanha se destaca pela maneira como utiliza a linguagem para conscientizar a sociedade da necessidade de se acabar com o bullying. Tal estratégia está centrada no(a)
A | combinação do significado de palavras escritas em línguas inglesa e portuguesa.
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B | restrição a um grupo específico de vítimas ao apresentar marcas gráficas de identificação de gênero como “o(a)”.
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C | chamamento de diferentes atores sociais pelo uso recorrente de estruturas injuntivas.
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D | enunciado de cunho esperançoso “passe à história” no título do cartaz.
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E | variedade linguística caracterizadora do português europeu.
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Questão 10 |
“O computador, dando prioridade à busca pela própria felicidade, parou de trabalhar para os humanos”. É assim que termina o conto O dia em que um computador escreveu um conto, escrito por uma inteligência artificial com a ajuda de cientistas humanos.
Os cientistas selecionaram palavras e frases que seriam usadas na narrativa, e definiram um roteiro geral da história, que serviria como guia para a inteligência artificial. A partir daí, o computador criou o texto combinando as frases e seguindo as diretrizes que os cientistas impuseram. Os juízes não sabem quais textos são escritos por humanos e quais são feitos por computadores, o que mostra que o conto estava bem escrito. O dia só não passou para as próximas etapas porque, de acordo com os juízes, os personagens não foram muito bem descritos, embora o texto estivesse estruturalmente impecável.
A ideia dos cientistas é continuar desenvolvendo a criatividade da IA para que ela se pareça cada vez mais com a humana. Simular esse tipo de resposta é difícil, porque o computador precisa ter, primeiro, um banco de dados vasto vinculado a uma programação específica para cada tipo de projeto — escrita, pintura, música, desenho e por aí vai.
D’ANGELO, H. Disponível em: https://super.abril.com.br.
Acesso em: 5 dez. 2018.
O êxito e as limitações da tecnologia utilizada na composição do conto evidenciam a
A | diferença entre a estrutura e a criatividade da linguagem humana.
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B | autonomia de programas computacionais no desenvolvimento ficcional.
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C | qualidade artística de textos produzidos por computadores.
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D | necessidade de reformulação da base de dados elaborada por cientistas.
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E | indistinção entre personagens produzidos por máquinas e seres humanos.
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Questão 11 |
Uma ouriça
Se o de longe esboça lhe chegar perto,
se fecha (convexo integral de esfera),
se eriça (bélica e multiespinhenta):
e, esfera e espinho, se ouriça à espera.
Mas não passiva (como ouriço na loca);
nem só defensiva (como se eriça o gato);
sim agressiva (como jamais o ouriço),
do agressivo capaz de bote, de salto
(não do salto para trás, como o gato):
daquele capaz de salto para o assalto.
Se o de longe lhe chega em (de longe),
de esfera aos espinhos, ela se desouriça.
Reconverte: o metal hermético e armado
na carne de antes (côncava e propícia),
e as molas felinas (para o assalto),
nas molas em espiral (para o abraço).
MELO NETO, J. C. A educação pela pedra. Rio de Janeiro:
Nova Fronteira, 1997.
Com apuro formal, o poema tece um conjunto semântico que metaforiza a atitude feminina de
A | obstinação traduzida em isolamento.
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B | irreverência cultivada de forma cautelosa.
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C | tenacidade transformada em brandura.
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D | inércia provocada pelo desejo platônico.
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E | desconfiança consumada pela intolerância.
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Questão 12 |
Na semana passada, os alunos do colégio do meu filho se mobilizaram, através do Twitter, para não comprarem na cantina da escola naquele dia, pois acharam o preço do pão de queijo abusivo. São adolescentes. Quase senhores das novas tecnologias, transitam nas redes sociais, varrem o mundo através dos teclados dos celulares, iPads e se organizam para fazer um movimento pacífico de não comprar lanches por um dia. Foi parar na TV e em muitas páginas da intern et.
GOMES, A. A revolução silenciosa e o impacto na sociedade das
redes sociais. Disponível em: www.hsm.com.br.
Acesso em: 31 jul. 2012.
O texto aborda a temática das tecnologias da informação e comunicação, especificamente o uso de redes sociais. Muito se debate acerca dos benefícios e malefícios do uso desses recursos e, nesse sentido, o texto
A | evidencia que as redes sociais são usadas inadequadamente pelos adolescentes, que, imaturos, não utilizam a ferramenta como forma de mudança social.
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B | expõe a possibilidade de as redes sociais favorecerem comportamentos e manifestações violentos dos adolescentes que nelas se relacionam.
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C | trata as redes sociais como modo de agregar e empoderar grupos de pessoas, que se unem em prol de causas próprias ou de mudanças sociais.
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D | aborda a discriminação que as redes sociais sofrem de outros meios de comunicação.
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E | mostra que as reivindicações feitas nas redes sociais não têm impacto fora da internet.
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Questão 13 |
A ciência do Homem-Aranha
Muitos dos superpoderes do querido Homem- -Aranha de fato se assemelham às habilidades biológicas das aranhas e são objeto de estudo para produção de novos materiais.
O “sentido-aranha” adquirido por Peter Parker funciona quase como um sexto sentido, uma espécie de habilidade premonitória e, por isso, soa como um mero elemento ficcional. No entanto, as aranhas realmente têm um sentido mais aguçado. Na verdade, elas têm um dos sistemas sensoriais mais impressionantes da natureza.
Os pelos sensoriais das aranhas, que estão espalhados por todo o corpo, funcionam como uma forma muito boa de perceber o mundo e captar informações do ambiente. Em muitas espécies, esse tato por meio dos pelos tem papel mais importante que a própria visão, uma vez que muitas aranhas conseguem prender e atacar suas presas na complete escuridão. E por que os pelos humanos não são tão eficientes como órgãos sensoriais como os das aranhas? Primeiro, porque um ser humano tem em média 60 fios de pelo em cada cm² do corpo, enquanto algumas espécies de aranha podem chegar a ter 40 mil pelos por cm²; segundo, porque cada pelo das aranhas possui até 3 nervos para fazer a comunicação entre a sensação percebida e o cérebro, enquanto nós, seres humanos, temos apenas 1 nervo por pelo.
Disponível em: http://cienciahoje.org.br.
Acesso em: 11 dez. 2018 (adaptado).
Como estratégia de progressão do texto, o autor simula uma interlocução com o público leitor ao recorrer à
A | pergunta retórica na introdução das causas da eficiência do sistema sensorial das aranhas.
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B | caracterização do afeto do público pelo super-herói
marcado pela palavra “querido”. |
C | revelação do “sentido-aranha” adquirido pelo super- -herói como um sexto sentido.
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D | comprovação das diferenças entre a constituição física do homem e da aranha por meio de dados numéricos.
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E | comparação entre os poderes do super-herói e as habilidades biológicas das aranhas.
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Questão 14 |
A viagem
Que coisas devo levar
nesta viagem em que partes?
As cartas de navegação só servem
a quem fica.
Com que mapas desvendar
um continente
que falta?
Estrangeira do teu corpo
tão comum
quantas línguas aprender
para calar-me?
Também quem fica
procura
um oriente.
Também
a quem fica
cabe uma paisagem nova
e a travessia insone do desconhecido
e a alegria difícil da descoberta.
O que levas do que fica,
o que, do que levas, retiro?
MARQUES, A. M. In: SANT’ANNA, A. (Org.). Rua Aribau.
Porto Alegre: Tag, 2018.
A viagem e a ausência remetem a um repertório poético tradicional. No poema, a voz lírica dialoga com essa tradição, repercutindo a
A | saudade como experiência de apatia.
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B | persistência da memória na valorização do passado.
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C | negação do desejo como expressão de culpa.
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D | revelação de rumos projetada pela vivência da solidão.
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E | presença da fragmentação da identidade.
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Questão 15 |
No Brasil, a disseminação de uma expectativa de corpo com base na estética da magreza é bastante grande e apresenta uma enorme repercussão, especialmente, se considerada do ponto de vista da realização pessoal. Em pesquisa feita na cidade de São Paulo, aparecem os percentuais de 90% entre as mulheres pesquisadas que se dizem preocupadas com seu peso corporal, sendo que 95% se sentem insatisfeitas com “seu próprio corpo”.
SILVA, A. M. Corpo, ciência e mercado: reflexões acerca da gestação
de um novo arquétipo da felicidade. Campinas: Autores Associados;
Florianópolis: UFSC, 2001.
A preocupação excessiva com o “peso” corporal pode provocar o desenvolvimento de distúrbios associados diretamente à imagem do corpo, tais como
A | sobrepeso e fobia social.
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B | ansiedade e depressão.
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C | sedentarismo e obesidade.
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D | anorexia e bulimia.
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E | ortorexia e vigorexia.
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Questão 16 |
Essa lua enlutada, esse desassossego
A convulsão de dentro, ilharga
Dentro da solidão, corpo morrendo
Tudo isso te devo. E eram tão vastas
As coisas planejadas, navios,
Muralhas de marfim, palavras largas
Consentimento sempre. E seria dezembro.
Um cavalo de jade sob as águas
Dupla transparência, fio suspenso
Todas essas coisas na ponta dos teus dedos
E tudo se desfez no pórtico do tempo
Em lívido silêncio. Umas manhãs de vidro
Vento, a alma esvaziada, um sol que não vejo
Também isso te devo.
HILST, H. Júbilo, memória, noviciado da paixão.
São Paulo: Cia. das Letras, 2018.
No poema, o eu lírico faz um inventário de estados passados espelhados no presente. Nesse processo, aflora o
A | arrependimento dos erros cometidos.
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B | amadurecimento revestido de ironia e desapego.
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C | cuidado em apagar da memória os restos do amor.
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D | desejo reprimido convertido em delírio.
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E | mosaico de alegrias formado seletivamente.
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Questão 17 |
Nesse cartaz, o uso da imagem do calçado aliada ao texto verbal tem o objetivo de
A | criticar as difíceis condições de vida dos refugiados.
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B | simbolizar a necessidade de adesão à causa dos refugiados.
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C | revelar a longa trajetória percorrida pelos refugiados.
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D | incentivar a campanha de doações para os refugiados.
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E | denunciar a situação de carência vivida pelos refugiados.
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Questão 18 |
De acordo com esse infográfico, as redes sociais estimulam diferentes comportamentos dos usuários que revelam
A | comicidade ingênua dos usuários.
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B | autocrítica dos internautas.
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C | exposição exagerada dos indivíduos.
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D | engajamento social das pessoas.
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E | disfarce do sujeito por meio de avatares.
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Questão 19 |
Blues da piedade
Vamos pedir piedade
Senhor, piedade
Pra essa gente careta e covarde
Vamos pedir piedade
Senhor, piedade
Lhes dê grandeza e um pouco de coragem
CAZUZA. Cazuza: o poeta não morreu. Rio de Janeiro:
Universal Music, 2000 (fragmento).
Todo gênero apresenta elementos constitutivos que condicionam seu uso em sociedade. A letra de canção identifica-se com o gênero ladainha, essencialmente, pela utilização da sequência textual
A | argumentativa, por incitar o leitor a uma tomada de attitude.
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B | descritiva, por enumerar características de um personagem.
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C | expositiva, por discorrer sobre um dado tema.
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D | narrativa, por apresentar uma cadeia de ações.
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E | injuntiva, por chamar o interlocutor à participação.
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Questão 20 |
Os subúrbios do Rio de Janeiro foram a primeira coisa a aparecer no mundo, antes mesmo dos vulcões e dos cachalotes, antes de Portugal invadir, antes do Getúlio Vargas mandar construir casas populares. O bairro do Queím, onde nasci e cresci, é um deles. Aconchegado entre o Engenho Novo e Andaraí, foi feito daquela argila primordial, que se aglutinou em diversos formatos: cães soltos, moscas e morros, uma estação de trem, amendoeiras e barracos e sobrados, botecos e arsenais de guerra, armarinhos e bancas de jogo do bicho e um terreno enorme reservado para o cemitério. Mas tudo ainda estava vazio: faltava gente.
Não demorou. As ruas juntaram tanta poeira que o homem não teve escolha a não ser passar a existir, para varrê-las. À tardinha, sentar na varanda das casas e reclamar da pobreza, falar mal dos outros e olhar para as calçadas encardidas de sol, os ônibus da volta do trabalho sujando tudo de novo.
HERINGER, V. O amor dos homens avulsos.
São Paulo: Cia. das Letras, 2016.
Traçando a gênese simbólica de sua cidade, o narrador imprime ao texto um sentido estético fundamentado na
A | perspectiva caricata da paisagem de traços deteriorados.
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B | excentricidade dos bairros cariocas de sua infância.
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C | experiência do cotidiano marcado pelas necessidades e urgências.
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D | importância dos fatos relacionados à história dos subúrbios.
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E | diversidade dos tipos humanos identificados por seus hábitos.
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Questão 21 |
O Instituto de Arte de Chicago disponibilizou para visualização on-line, compartilhamento ou download (sob licença Creative Commons), 44 mil imagens de obras de arte em altíssima resolução, além de livros, estudos e pesquisas sobre a história da arte. Para o historiador da arte, Bendor Grosvenor, o sucesso das coleções on-line de acesso aberto, além de democratizar a arte, vem ajudando a formar um novo público museológico. Grosvenor acredita que quanto mais pessoas forem expostas à arte on-line, mais visitas pessoais acontecerão aos museus. A coleção está disponível em seis categorias: paisagens urbanas, impressionismo, essenciais, arte africana, moda e animais. Também é possível pesquisar pelo nome da obra, estilo, autor ou período. Para navegar pela imagem em alta definição, basta clicar sobre ela e utilizar a ferramenta de zoom. Para fazer o download, disponível para obras de domínio público, é preciso utilizar a seta localizada do lado inferior direito da imagem.
Disponível em: www.revistabula.com.
Acesso em: 5 dez. 2018 (adaptado).
A função da linguagem que predomina nesse texto se caracteriza por
A | estabelecer interlocução com o leitor, orientando-o a fazer o download das obras de arte.
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B | convencer o leitor a fazer o acesso on-line, levando-o a conhecer as obras de arte.
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C | enaltecer a arte, buscando popularizá-la por meio da possibilidade de visualização on-line.
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D | informar sobre o acesso às imagens por meio da descrição do modo como acessá-las.
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E | evidenciar a subjetividade da reportagem com base na fala do historiador de arte.
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Questão 22 |
Expostos na web desde a gravidez
Mais da metade das mães e um terço dos pais ouvidos em uma pesquisa sobre compartilhamento paterno em mídias sociais discutem nas redes sociais sobre a educação dos filhos. Muitos são pais e mães de primeira viagem, frutos da geração Y (que nasceu junto com a internet) e usam esses canais para saberem que não estão sozinhos na empreitada de educar uma criança. Há, contudo, um risco no modo como as pessoas estão compartilhando essas experiências. É a chamada exposição parental exagerada, alertam os pesquisadores.
De acordo com os especialistas no assunto, se você compartilha uma foto ou vídeo do seu filho pequeno fazendo algo ridículo, por achar engraçadinho, quando a criança tiver seus 11, 12 anos, pode se sentir constrangida. A autoconsciência vem com a idade.
A exibição da privacidade dos filhos começa a assumir uma característica de linha do tempo e eles não participaram da aprovação ou recusa quanto à veiculação desses conteúdos. Assim, quando a criança cresce, sua privacidade pode já estar violada.
OTONI, A. C. O Globo, 31 mar. 2015 (adaptado).
Sobre o compartilhamento parental excessivo em mídias sociais, o texto destaca como impacto o(a)
A | desatenção dos pais em relação ao comportamento dos filhos na internet.
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B | fortalecimento das redes de relações decorrente da troca de experiências entre as famílias.
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C | interferência das novas tecnologias na comunicação entre pais e filhos.
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D | distanciamento na relação entre pais e filhos provocado pelo uso das redes sociais.
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E | desrespeito à intimidade das crianças cujas imagens têm sido divulgadas nas redes sociais. |
Questão 23 |
O texto tem o formato de uma carta de jogo e apresenta dados a respeito de Marcelo Gleiser, premiado pesquisador brasileiro da atualidade. Essa apresentação subverte um gênero textual ao
A | evidenciar a formação acadêmica do pesquisador.
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B | destacar o nome do pesquisador e sua imagem no início do texto.
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C | vincular áreas distintas do conhecimento.
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D | especificar as contribuições mais conhecidas do pesquisador.
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E | relacionar o universo lúdico a informações biográficas.
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Questão 24 |
Esporte e cultura: análise acerca da esportivização de práticas corporais nos jogos indígenas
Nos Jogos dos Povos Indígenas, observa-se que as práticas corporais realizadas envolvem elementos tradicionais (como as pinturas e adornos corporais) e modernos (como a regulamentação, a fiscalização e a padronização). O arco e flecha e a lança, por exemplo, são instrumentos tradicionalmente utilizados para a caça e a defesa da comunidade na aldeia. Na ocasião do evento, esses artefatos foram produzidos pela própria etnia, porém sua estruturação como “modalidade esportiva” promoveu uma semelhança entre as técnicas apresentadas, com o sentido único da competição.
ALMEIDA, A. J. M.; SUASSUNA, D. M. F. A. Pensar a prática, n. 1, jan.-abr. 2010 (adaptado).
A relação entre os elementos tradicionais e modernos nos Jogos dos Povos Indígenas desencadeou a
A | sobreposição de elementos tradicionais sobre os modernos. |
B | preservação dos significados próprios das práticas corporais em cada cultura.
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C | padronização de pinturas e adornos corporais.
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D | individuação das técnicas apresentadas em diferentes modalidades.
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E | legitimação das práticas corporais indígenas como modalidade esportiva.
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Questão 25 |
Mídias: aliadas ou inimigas da educação física escolar?
No caso do esporte, a mediação efetuada pela câmera de TV construiu uma nova modalidade de consumo: o esporte telespetáculo, realidade textual relativamente autônoma face à prática “real” do esporte, construída pela codificação e mediação dos eventos esportivos efetuados pelo enquadramento, edição das imagens e comentários, interpretando para o espectador o que ele está vendo. Esse fenômeno tende a valorizar a forma em relação ao conteúdo, e para tal faz uso privilegiado da linguagem audiovisual com ênfase na imagem cujas possibilidades são levadas cada vez mais adiante, em decorrência dos avanços tecnológicos. Por outro lado, a narração esportiva propõe uma concepção hegemônica de esporte: esporte é esforço máximo, busca da vitória, dinheiro… O preço que se paga por sua espetacularização é a fragmentação do fenômeno esportivo. A experiência global do ser-atleta é modificada: a sociabilização no confronto e a ludicidade não são vivências privilegiadas no enfoque das mídias, mas as eventuais manifestações de violência, em partidas de futebol, por exemplo, são exibidas e reexibidas em todo o mundo.
BETTI, M. Motriz, n. 2, jul.-dez. 2001 (adaptado).
A reflexão trazida pelo texto, que aborda o esporte telespetáculo, está fundamentada na
A | valorização de uma visão ampliada do esporte.
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B | utilização de equipamentos audiovisuais de última geração.
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C | distorção da experiência do ser-atleta para os espectadores.
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D | interpretação dos espectadores sobre o conteúdo transmitido.
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E | equiparação entre a forma e o conteúdo.
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Questão 26 |
Inverno! inverno! inverno!
Tristes nevoeiros, frios negrumes da longa Treva boreal, descampados de gelo cujo limite escapa-nos sempre, desesperadamente, para lá do horizonte, perpétua solidão inóspita, onde apenas se ouve a voz do vento que passa uivando como uma legião de lobos, através da cidade de catedrais e túmulos de cristal na planície, fantasmas que a miragem povoam e animam, tudo isto: decepções, obscuridade, solidão, desespero e a hora invisível que passa como o vento, tudo isto é o frio inverno da vida.
Há no espírito o luto profundo daquele céu de bruma dos lugares onde a natureza dorme por meses, à espera do sol avaro que não vem.
POMPEIA, R. Canções sem metro. Campinas: Unicamp, 2013.
Reconhecido pela linguagem impressionista, Raul Pompeia desenvolveu-a na prosa poética, em que se observa a
A | subjetividade em oposição à verossimilhança.
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B | plasticidade verbal vinculada à cadência melodica.
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C | dramaticidade como elemento expressivo.
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D | valorização da imagem com efeito persuasivo. |
E | imprecisão no sentido dos vocábulos.
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Questão 27 |
O que é software livre
Software livre é qualquer programa de computador construído de forma colaborativa, via internet, por uma comunidade internacional de desenvolvedores independentes. São centenas de milhares de hackers, que negam sua associação com os “violadores de segurança”. Esses desenvolvedores de software se recusam a reconhecer o significado pejorativo do termo e continuam usando a palavra hacker para indicar “alguém que ama programar e que gosta de ser hábil e engenhoso”. Além disso, esses programas são entregues à comunidade com o código fonte aberto e disponível, permitindo que a ideia original possa ser aperfeiçoada e devolvida novamente à comunidade. Nos programas convencionais, o código de programação é secreto e de propriedade da empresa que o desenvolveu, sendo quase impossível decifrar a programação.
O que está em jogo é o controle da inovação tecnológica. Software livre é uma questão de liberdade de expressão e não apenas uma relação econômica. Hoje existem milhares de programas alternativos construídos dessa forma e uma comunidade de usuários com milhões de membros no mundo.
BRANCO, M. Software livre e desenvolvimento social e económico. In: CASTELLS, M.; CARDOSO, G. (Org).
A sociedade em rede: do conhecimento à acção política. Lisboa: Imprensa Nacional, 2005 (adaptado).
A criação de softwares livres contribui para a produção do conhecimento na sociedade porque
A | possibilita a coleta de dados confidenciais para seus desenvolvedores.
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B | democratiza o acesso a produtos construídos coletivamente.
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C | complexifica os sistemas operacionais disponíveis no mercado.
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D | insere profissionalmente os hackers na área de in ovação tecnológica.
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E | qualifica um maior número de pessoas para o uso de tecnologias.
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Questão 28 |
Ed Mort só vai
Mort. Ed Mort. Detetive particular. Está na plaqueta. Tenho um escritório numa galeria de Copacabana entre um fliperama e uma loja de carimbos. Dá só para o essencial, um telefone mudo e um cinzeiro. Mas insisto numa mesa e numa cadeira. Apesar do protesto das baratas. Elas não vencerão. Comprei um jogo de máscaras. No meu trabalho o disfarce é essencial. Para escaper dos credores. Outro dia entrei na sala e vi a cara do King Kong andando pelo chão. As baratas estavam roubando as máscaras. Espisoteei meia dúzia. As outras atacaram a mesa. Consegui salvar a minha Bic e o jornal. O jornal era novo, tinha só uma semana. Mas elas levaram a agenda. Saí ganhando. A agenda estava em branco. Meu último caso fora com a funcionária do Erótica, a primeira ótica da cidade com balconista topless. Acabara mal. Mort. Ed Mort. Está na plaqueta.
VERISSIMO, L. F. Ed Mort: todas as histórias.
Porto Alegre: L&PM, 1997 (adaptado).
Nessa crônica, o efeito de humor é basicamente construído por uma
A | sequenciação narrativa na qual se articulam eventos absurdos.
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B | estrutura composicional caracterizada pelo arranjo singular dos períodos.
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C | ordenação dos constituintes oracionais na qual se destaca o núcleo verbal. |
D | segmentação de enunciados baseada na descrição dos hábitos do personagem.
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E | seleção lexical na qual predominam informações redundantes
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Questão 29 |
Irerê, meu passarinho do sertão do Cariri,
Irerê, meu companheiro,
Cadê viola? Cadê meu bem? Cadê Maria?
Ai triste sorte a do violeiro cantadô!
Ah! Sem a viola em que cantava o seu amô,
Ah! Seu assobio é tua flauta de irerê:
Que tua flauta do sertão quando assobia,
Ah! A gente sofre sem querê!
Ah! Teu canto chega lá no fundo do sertão,
Ah! Como uma brisa amolecendo o coração,
Ah! Ah!
Irerê, solta teu canto!
Canta mais! Canta mais!
Prá alembrá o Cariri!
VILLA-LOBOS, H. Bachianas Brasileiras n. 5 para soprano e oito
violoncelos (1938-1945). Disponível em: http://euterpe.blog.br.
Acesso em: 23 abr. 2019.
Nesses versos, há uma exaltação ao sertão do Cariri em uma ambientação linguisticamente apoiada no(a)
A | predomínio de regionalismos lexicais nordestinos.
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B | referência ao conjunto da fauna nordestina.
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C | variedade popular da língua portuguesa.
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D | exploração de instrumentos musicais eruditos.
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E | uso recorrente de pronomes.
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Questão 30 |
Antes de Roma ser fundada, as colinas de Alba eram ocupadas por tribos latinas, que dividiam o ano de acordo com seus deuses. Os romanos adaptaram essa estrutura. No princípio dessa civilização o ano tinha dez meses e começava por Martius (atual março). Os outros dois teriam sido acrescentados por Numa Pompílio, o segundo rei de Roma.
Até Júlio César reformar o calendário local, os meses eram lunares, mas as festas em homenagem aos deuses permaneciam designadas pelas estações. O descompasso de dez dias por ano fazia com que, em todos os triênios, um décimo terceiro mês, o Intercalaris, tivesse que ser enxertado. Com a ajuda de matemáticos do Egito emprestados por Cleópatra, Júlio César acabou com a bagunça ao estabelecer o seguinte calendário solar: Januarius, Februarius, Martius, Aprilis, Maius, Junius, Quinctilis, Sextilis, September, October, November e December. Quase igual ao nosso, com as diferenças de que Quinctilis e Sextilis deram origem aos meses de julho e agosto.
Disponível em: https://aventurasnahistoria.uol.com.br.
Acesso em: 8 dez. 2018.
Considerando as informações no texto e aspectos históricos da formação da língua, a atual escrita dos meses do ano em português
A | tem como base um calendário criado por Cleópatra.
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B | reflete a origem latina de nossa língua.
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C | decorre de uma língua falada no Egito antigo.
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D | resulta da padronização do calendário antes da fundação de Roma.
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E | segue a reformulação da norma da língua proposta por Júlio César.
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Questão 31 |
Pela análise do conteúdo, constata-se que essa campanha publicitária tem como função social
A | propagar a imagem positiva do Ministério Público.
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B | coibir violações de direitos humanos nos meios de comunicação.
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C | divulgar políticas sociais que combatem a intolerância e o preconceito.
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D | instruir as pessoas sobre a forma correta de expressão nas redes sociais.
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E | conscientizar a população que direitos implicam deveres.
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Questão 32 |
TEXTO I
Estratos
Na passagem de uma língua para outra, algo sempre permanece, mesmo que não haja ninguém para se lembrar desse algo. Pois um idioma retém em si mais memórias que os seus falantes e, como uma chapa mineral marcada por camadas de uma história mais antiga do que aquela dos seres viventes, inevitavelmente carrega em si a impressão das eras pelas quais passou. Se as “línguas são arquivos da história”, elas carecem de livros de registro e catálogos. Aquilo que contêm pode apenas ser consultado em parte, fornecendo ao pesquisador menos os elementos de uma biografia do que um estudo geológico de uma sedimentação realizada em um período sem começo ou sem fim definido.
HELLER-ROAZEN, D. Ecolalias: sobre o esquecimento das línguas.
Campinas: Unicamp, 2010.
TEXTO II
Na reflexão gramatical dos séculos XVI e XVII, a influência árabe aparece pontualmente, e se reveste sobretudo de item bélico fundamental na atribuição de rudeza aos idiomas português e castelhano por seus respectivos detratores. Parecer com o árabe, assim, é uma acusação de dessemelhança com o latim.
SOUZA, M. P. Linguística histórica.
Campinas: Unicamp, 2006.
Relacionando-se as ideias dos textos a respeito da história e memória das línguas, quanto à formação da língua portuguesa, constata-se que
A | o árabe e o latim estão na formação escolar e na memória dos falantes brasileiros.
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B | a influência de outras línguas no português ocorreu de maneira uniforme ao longo da história.
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C | a presença de elementos de outras línguas no português foi historicamente avaliada como um índice de riqueza.
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D | o português é o resultado da influência de outras línguas no passado e carrega marcas delas em suas múltiplas camadas.
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E | o estudioso da língua pode identificar com precisão os elementos deixados por outras línguas na transformação da língua portuguesa.
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Questão 33 |
HELOÍSA: Faz versos?
PINOTE: Sendo preciso… Quadrinhas… Acrósticos…
Sonetos… Reclames.
HELOÍSA: Futuristas?
PINOTE: Não senhora! Eu já fui futurista.
Cheguei a acreditar na independência… Mas foi uma tragédia! Começaram a me tratar de maluco. A me olhar de esguelha. A não me receber mais. As crianças choravam em casa. Tenho três filhos. No jornal também não pagavam, devido à crise. Precisei viver de bicos. Ah! Reneguei tudo. Arranjei aquele instrumento (Mostra a faca) e fiquei passadista.
ANDRADE, O. O rei da vela. São Paulo: Globo, 2003.
O fragmento da peça teatral de Oswald de Andrade ironiza a reação da sociedade brasileira dos anos 1930 diante de determinada vanguarda europeia. Nessa visão, atribui-se ao público leitor uma postura
A | eclética, ao aceitar diversos estilos poéticos.
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B | conservadora, ao optar por modelos consagrados.
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C | preciosista, ao preferir modelos literários eruditos.
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D | nacionalista, ao negar modelos estrangeiros.
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E | preconceituosa, ao evitar formas poéticas simplificadas.
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Questão 34 |
Educação para a saúde mediante programas de educação física escolar
A educação para a saúde deverá ser alcançada mediante interação de ações que possam envolver o próprio homem mediante suas atitudes frente às exigências ambientais representadas pelos hábitos alimentares, estado de estresse, opções de lazer, atividade física, agressões climáticas etc. Dessa forma, parece evidente que o estado de ser saudável não é algo estático. Pelo contrário, torna-se necessário adquiri-lo e construí-lo de forma individualizada constantemente ao longo de toda a vida, apontando para o fato de que saúde é educável e, portanto, deve ser tratada não apenas com base em referenciais de natureza biológica e higienista, mas sobretudo em um context didático-pedagógico.
GUEDES, D. P. Motriz, n. 1, 1999.
A educação para a saúde pressupõe a adoção de comportamentos com base na interação de fatores relacionados à
A | opção por dietas balanceadas.
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B | evasão de ambientes estressores.
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C | constituição de hábitos saudáveis.
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D | realização de atividades físicas regulares.
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E | adesão a programas de lazer.
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Questão 35 |
Na obra Cabeça de touro, o material descartado torna-se objeto de arte por meio da
A | mudança da funcionalidade pela integração dos objetos.
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B | fragmentação da imagem no uso de elementos diversificados.
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C | complexidade da combinação de formas abstratas.
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D | reciclagem da matéria-prima original.
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E | perenidade dos elementos que constituem a escultura.
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Questão 36 |
Emagrecer sem exercício?
Hormônio aumenta a esperança de perder gordura
sem sair do sofá. A solução viria em cápsulas.
O sonho dos sedentários ganhou novo aliado. Um estudo publicado na revista científica Nature, em janeiro, sugere que é possível modificar a gordura corporal sem fazer exercício. Pesquisadores do Dana-Farber Cancer Institute e da Escola de Medicina de Harvard, nos EUA, isolaram em laboratório a irisina, hormônio naturalmente produzido pelas células musculares durante os exercícios aeróbicos, como caminhada, corrida ou pedalada. A substância foi aplicada em ratos e agiu como se eles tivessem se exercitado, inclusive com efeito protetor contra o diabetes.
O segredo foi a conversão de gordura branca — aquela que estoca energia inerte e estraga nossa silhueta — em marrom. Mais comum em bebês, e praticamente inexistente em adultos, esse tipo de gordura serve para nos aquecer. E, nesse processo, gasta uma energia tremenda. Como efeito colateral, afinaria nossa silhueta.
A expectativa é que, se o hormônio funcionar da mesma forma em humanos, surja em breve um novo medicamento para emagrecer. Mas ele estaria longe de substituir por completo os benefícios da atividade física. “Possivelmente existem muitos outros hormônios musculares liberados durante o exercício e ainda não descobertos”, diz o fisiologista Paul Coen, professor assistente da Universidade de Pittsburgh, nos EUA. A irisina não fortalece os músculos, por exemplo. E para ficar com aquele tríceps de fazer inveja só o levantamento de controle remoto não daria conta.
LIMA, F. Galileu. São Paulo, n. 248, mar. 2012.
Para convencer o leitor de que o exercício físico é importante, o autor usa a estratégia de divulgar que
A | se produzem outros hormônios e há outros benefícios com o exercício.
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B | a irisina é um hormônio que apenas é produzido com o exercício físico.
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C | o exercício é uma forma de afinar a silhueta por eliminar a gordura branca.
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D | se trata de uma forma de transformar a gordura branca em marrom e de emagrecer.
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E | a falta de exercício físico não emagrece e desenvolve doenças.
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Questão 37 |
TEXTO I
O Estatuto do Idoso completou 15 anos em 2018 e só no primeiro semestre o Disque 100 recebeu 16 mil denúncias de violação de direitos dos idosos em todo o País.
Para especialistas da área, o aumento no número de denúncias pode ser consequência do encorajamento dos mais velhos na busca pelos direitos. Mas também pode refletir uma onda crescente de violência na sociedade e dentro das próprias famílias.
Políticas públicas mais eficazes no atendimento ao idoso são o mínimo que um país deve estabelecer. O Brasil está ficando para trás e é preciso levar em consideração que o País envelhece (tendência mundial) sem estar preparado para arcar com os desafios, como criar uma rede de proteção, preparar os serviços de saúde pública e dar suporte às famílias que precisam cuidar de seus idosos dependentes.
Disponível em: www.folhadelondrina.com.br. Acesso em: 9 dez. 2018 (adaptado).
TEXTO II
Na comparação entre os textos, conclui-se que as regras do Estatuto do Idoso
A | apresentam vantagens em relação às de outros países.
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B | contrastam com as condições de vida proporcionadas pelo País.
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C | alteram a qualidade de vida das pessoas com mais de 60 anos.
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D | são ignoradas pelas famílias responsáveis por idosos.
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E | precisam ser revistas em razão do envelhecimento da população.
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Questão 38 |
Um amor desse
Era 24 horas lado a lado
Um radar na pele, aquele sentimento alucinado
Coração batia acelerado
Bastava um olhar pra eu entender
Que era hora de me entregar pra você
Palavras não faziam falta mais
Ah, só de lembrar do seu perfume
Que arrepio, que calafrio
Que o meu corpo sente
Nem que eu queira, eu te apago da minha mente
Ah, esse amor
Deixou marcas no meu corpo
Ah, esse amor
Só de pensar, eu grito, eu quase morro
AZEVEDO, N.; LEÃO, W.; QUADROS, R. Coração pede socorro.
Rio de Janeiro: Som Livre, 2018 (fragmento).
Essa letra de canção foi composta especialmente para uma campanha de combate à violência contra as mulheres, buscando conscientizá-las acerca do limite entre relacionamento amoroso e relacionamento abusivo. Para tanto, a estratégia empregada na letra é a
A | naturalização de situações opressivas, que fazem parte da vida de mulheres que vivem em uma sociedade patriarchal.
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B | divulgação da importância de denunciar a violência doméstica, que atinge um grande número de mulheres no país.
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C | revelação da submissão da mulher à situação de violência, que muitas vezes a leva à morte.
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D | ênfase na necessidade de se ouvirem os apelos da mulher agredida, que continuamente pede socorro.
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E | exploração de situação de duplo sentido, que mostra que atos de dominação e violência não configuram amor.
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Questão 39 |
Toca a sirene na fábrica,
e o apito como um chicote
bate na manhã nascente
e bate na tua cama
no sono da madrugada.
Ternuras da áspera lona
pelo corpo adolescente.
É o trabalho que te chama.
Às pressas tomas o banho,
tomas teu café com pão,
tomas teu lugar no bote
no cais do Capibaribe.
Deixas chorando na esteira
teu filho de mãe solteira.
Levas ao lado a marmita,
contendo a mesma ração
do meio de todo o dia,
a carne-seca e o feijão.
De tudo quanto ele pede
dás só bom-dia ao patrão,
e recomeças a luta
na engrenagem da fiação.
MOTA, M. Canto ao meio. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1964.
Nesse texto, a mobilização do uso padrão das formas verbais e pronominais
A | alterna os tempos da narrativa, fazendo progredir as ideias do texto.
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B | auxilia na caracterização física do personagem principal.
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C | está a serviço do projeto poético, auxiliando na distinção dos referents.
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D | acrescenta informações modificadoras às ações dos personagens.
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E | ajuda a localizar o enredo num ambiente estático. |
Questão 40 |
O projeto DataViva consiste na oferta de dados oficiais sobre exportações, atividades econômicas, localidades e ocupações profissionais de todo o Brasil. Num primeiro momento, o DataViva construiu uma ferramenta que permitia a análise da economia mineira embasada por essa perspectiva metodológica complexa e diversa. No entanto, diante das possibilidades oferecidas pelas bases de dados trabalhadas, a plataforma evoluiu para um sistema mais completo. De maneira interativa e didática, o usuário é guiado por meio das diversas formas de navegação dos aplicativos. Além de informações sobre os produtos exportados, bem como acerca do volume das exportações em cada um dos estados e municípios do País, em poucos cliques, o interessado pode conhecer melhor o perfil da população, o tipo de atividade desenvolvida, as ocupações formais e a media salarial por categoria.
MANTOVANI, C. A. Guardião de informações. Minas faz Ciência,
n. 58, jun.-jul.-ago. 2014 (adaptado).
Entre as novas possibilidades promovidas pelo desenvolvimento de novas tecnologias, o texto destaca a
A | disponibilidade de ambientes coletivos.
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B | comunicação entre órgãos administrativos.
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C | publicidade das entidades públicas.
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D | auditoria das ações de governo.
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E | obtenção de informações estratégicas.
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Língua estrangeira
Estudo dos gêneros digitais
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